A Resolução 23.735/2024 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é um marco significativo na regulamentação das eleições no Brasil. Aprovada em um contexto de crescente preocupação com a integridade dos processos eleitorais, essa resolução estabelece diretrizes claras para a identificação e punição. Esses ilícitos, que variam desde o uso indevido de meios de comunicação até a compra de votos, representam ameaças diretas à democracia e à igualdade de condições nas disputas eleitorais.
Um dos aspectos mais relevantes da Resolução 23.735 é a definição e a tipificação clara dos ilícitos eleitorais. Essa especificidade é crucial, pois fornece um referencial legal inequívoco para os candidatos, partidos e eleitores, evitando ambiguidades que possam ser exploradas de forma indevida. Entre os ilícitos destacados estão a propaganda irregular, o abuso de poder econômico e político, e a manipulação de informações, todos eles práticas que podem distorcer a vontade popular expressa nas urnas.
Além da tipificação dos ilícitos, a resolução também estabelece os procedimentos para a investigação e julgamento dessas infrações. O TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) têm a responsabilidade de conduzir investigações rigorosas, assegurando que as denúncias sejam tratadas com a seriedade e a celeridade necessárias. Essa abordagem preventiva e repressiva é essencial para garantir que os responsáveis pelos ilícitos eleitorais sejam devidamente punidos, desestimulando futuras infrações.
Outro ponto crucial da Resolução 23.735 é o fortalecimento da transparência e do controle social sobre o processo eleitoral. A resolução prevê mecanismos de participação cidadã e de fiscalização por parte da sociedade civil, como a possibilidade de denúncias feitas por eleitores e organizações não governamentais. Essa abertura ao controle social reforça a legitimidade das eleições e contribui para uma cultura política mais ética e responsável.
Em suma, a Resolução 23.735 do TSE desempenha um papel fundamental na proteção da integridade das eleições no Brasil. Ao definir claramente os ilícitos eleitorais e estabelecer procedimentos rigorosos para sua investigação e punição, a resolução fortalece a democracia brasileira, assegurando que o processo eleitoral seja justo e transparente. A participação ativa da sociedade civil, incentivada pela resolução, também é um pilar essencial para a construção de um sistema político mais íntegro e representativo.